sexta-feira, 8 de abril de 2011

01/04/2011

Eu não sei mais por que estou nessa, não tenho recompensas, sei que ele está com ela, e por mais que ele vá sair de lá eu sei que a cabeça dele vai ficar pensando nela e que encontros ocasionais vão ser bem frequentes, que eu vou continuar a ser enganada, mais parece que faz parte de mim ir até o fim, e correr riscos na tentativa de poder enxergar que então acabou, eu vou ficar numa constante luta contra alguém que não deveria estar aqui nesse relacionamento, vamos usar alianças triplas, por que eu que é um trio, gostaria que ele assumisse a isso e me deixasse reconhecer a presença dela na boa, eu já disse que aceito, mais na condição de um relacionamento aberto; e ainda me resta estar desamparada e ficar na dúvida se estou grávida ou não, odeio isso e a idéia de ter um filho seu, pobre ele e pobre eu, daríamos a mesma vida e infância pobre que tivemos, com necessidades e dificuldades diante da falta de grana pra matricular esta criança numa boa escola, dar moradia em um bom lugar, convivência com lugares requintados, aulas de idiomas, esportes e dança, coisa que não tivemos, pelo menos eu não tive, e até hoje tenho uma imensa vontade e carência por não ter feito, mais agora eu sou velha demais e minhas articulações já estão endurecidas, o que me custaria muitas dores no corpo e lembrança de coisas que poderia ter feito na infância mais que não fiz por que meus pais não puderam pagar; por isso não quero um filho, agora não e nem sei se no futuro também, de pobre já basta eu, que sofro trabalhando e estudando, disperdiçando minha juventude e beleza, que poderiam aos meus 17 anos estar numa rotina melhor, como aula de dança, música, faculdade, aula de idiomas, academia, etc, mais eu estou aqui lutando pelo que vai ser merecidamente meu, quero meu cargo de alta executiva de uma grande empresa, meus três idiomas fluentes, minha casa no plano piloto, meu carro do ano e minha conta bancária com saldos positivos, quero ajudar minha família, e talvez quero um filho do sexo masculino, sem necessidade de um homem ao meu lado.

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